18 junho 2009

José Eduardo Magritte

Ceci n'est pas
un candidat

Foi o José Eduardo Magritte. Chamou toda a gente à hora nobre, actuais e futuros empregados. Vieram todos, menos os benfiquistas. Fiquei com mais consideração pelos benfiquistas. Diz-se que enchem aquela sala sempre que lhes cheira a acontecimento. Não estava nenhum. São como as gaivotas, as andorinhas, os bichos necrófagos. Vêm quando há sinais, fumos, fogo, cheiros. E não vieram. À parte isso estava lá tudo. Os fotógrafos eram tantos que o homem saíu chamuscado. Fez o discurso do candidato. Mas havia algo de discordante, algo que dizia que aquele acontecimento era falso. Demasiada leveza na pose. Pouca gravidade. Ceci n’est pas un candidat. Um candidato não sorri. Tem as coronárias apertadas. Pede desculpa à família. Tem a fronte carregada da disfunção eréctil. Este José Eduardo Magritte ainda sorri. Talvez se uma vaga de fundo surgir, se dos Açores aos estúdios da TVI um clamor pedir, se o Benfica, Jesus, continuar a perder, se o Miguel, o amigo do Porto lhe continuar a ler a sina transcendente, talvez ele volte.

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