20 dezembro 2008

Lá vamos cantando e rindo



No Ipsilão, Teresa de Sousa entrevista Jaime Nogueira Pinto. É como se fosse, 50 anos depois , a Christine Garnier a entrevistar Salazar, ele mesmo. O tom é ligeiro e propício a confidências. JNP confessa ser membro do Cercle, uma organização da guerra fria, que reunia espiões queimados, ex falangistas, ex ministros e escória em geral. O homem que reconciliou os portugueses com Salazar, esse ideólogo da direita que perora como quem eructa, o que a partir das ex colónias quis salvar o Império, é agora empresário em Moçambique e amigo do círculo do poder angolano. O que é que esse homem de cultura, presidente da FLAC, Fundação Luso-Africana para a Cultura, faz em Moçambique? Chefia, com outros ex-fascistas, uma empresa que faz outsourcing de segurança e emprega 5 000 pessoas.
-Tem de reconhecer que é um exército - diz a jornalista oficial europeia.
-É. - eructa ele.

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