04 janeiro 2007

Ruy Castro. Evitas de ler



Há dois anos, no Rio, comprei o livro do Ruy Castro (Carnaval no Fogo). Eu não gosto dos portugueses em geral nem dos portugueses que têm a melhor ideia dos seus compatriotas e detesto os portugueses que se julgam superiores aos marroquinos ou aos habitantes da ilha da Páscoa. Mas irrita-me uma história do Brasil em que os franceses e as francesas, os holandeses e os ingleses são sempre melhores do que os nossos esforçados avós de Novecentos, incultos, boçais, clericais, mal vestidos e sem humor. Se foi assim, não eram todos assim. E se eram todos, prefiro que não me contem. Andava eu deprimido por Minas Gerais, quando, em Belo Horizonte, numa livraria onde a literatura é resgatada, povoada de gente elegante e cara limpa, me apresentaram uma arquitecta de Minas, que tinha estudado em São Paulo e me aconselhou alguns livros. Quando lhe confessei o desamparo em que o livro desse Ruy Castro me lançara, ela consolou-me:- Não ligue. Esse é um americano.
Agora o Ivan Nunes parece ter a mesma opinião. Nunes 1 – Mexia 0. Talvez o Pedro não tenha lido o livro todo. Nem precisa.

(Carnaval no Fogo, ed. ASA, 18 €, do jornalista Ruy Castro foi considerado por Pedro Mexia como um dos livros do ano e por Ivan Nunes (5 dias) uma coisa fedorenta)

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