15 outubro 2005

Declaração sobre as presidenciais

Com os presidenciais alinhados acho que devo explicitar a linha deste blog (risos). Este blog será anti cavaquista e anti soarista (mais risos). Lembro-me do professor. Ainda nem tinha dado conta da sua existência, estava um dia num café de uma simpática terra do interior duriense onde trabalhava e a televisão entrevistou o professor, que devia ser na altura ministro das Finanças. Umas senhoras, que encarnavam os valores do Portugal profundo na cidade, entotiçadas, saia-casaco e pulseira grossa, entraram em agitação pré climática. Apercebi-me de que os tempos eram outros, de que uma rede subterrânea de conhecimentos e instintos politizava já aquelas senhoras, uns anos atrás tão ignorantes. O grande susto dos anos 70 tinha-as armado para a guerra e elas eram agora temíveis, desde logo no reconhecimento dos seus homens, dos seus líderes. Depois foi o que se sabe. Teve a maioria absoluta numa noite em que os meus vizinhos me gritavam “ganhámos o Barreiro”, cidade que nunca visitei e que supostamente teria perdido. (gritos de Perdeste mesmo! E de E voltas a perder!) Melhorou com os anos e com as aulas de dicção que uma senhora irritante, numa época em que o país ainda não tinha logopedistas , lhe ministrou (assobios).
Soares é fixe ( vozes de Apoiado). Deve ser uma pessoa encantadora para os membros da corte. Mas estou farto do nacional- porreirismo que Soares patrocina e de certa forma personifica. Do país que não passa do diagnóstico. Dos afectos como remédio contra a falta de profundidade, de rigor e de trabalho (exclamações de desolação).
A Jerónimo de Sousa desejo os maiores sucessos. (silêncio estupefacto). Se o PC conseguir representar os desempregados, os revoltados, os injustiçados, os marginalizados, o país estará melhor do que se caírem nas mãos de gente como o Gondomarense ( palmas tímidas).
Francisco Louçã tem o programa mais simpático. Tem excesso de convicção, para meu gosto. Mas ainda bem, diz-me o anti-grilo. Os tempos não estão para líderes com dúvidas. E é capaz de ser a personalidade mais credível da esquerda que somos ( tumulto na sala).

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