Jantar à beira rio (2)
Um homem come sozinho no restaurante à beira rio e à medida que vai comendo entristece.
Eu, que lhe tinha desejado bom apetite quando ainda sorria, pergunto agora: "- Está bem passada a carne?".
"-Óptima", diz ele, " choro, porque é tão triste comer sozinho à beira-rio".
Eu, que lhe tinha desejado bom apetite quando ainda sorria, pergunto agora: "- Está bem passada a carne?".
"-Óptima", diz ele, " choro, porque é tão triste comer sozinho à beira-rio".
publicada por Luís às
9:08 da manhã
4 Comentários:
Sugestão para banda sonora:
«(...) How come no one told me, all throughout history, the loneliest people were the ones who always spoke their truth? The ones who made a difference withstanding indifference. (...)»
Erlend Oye e Eirik Glambek Boe (Kings of Convenience)
Sózinho, tudo é triste...
Bom ver o regresso maléfico :)
Abraço Luis
Quando na infância se viveu as regras da ICAR fica-se com marcas, a mais forte é o sentimento de culpa.
Quando abri hoje a Natureza do Mal achei que a culpa é minha, deixei de comentar, perdeu-se o template. Eu gostava daquele template. E gostava do espaço íntimo (para mim, admito que seja público).
Porque se confessa o que pode irritar as pessoas?...são resquicios da ICAR.
(mas se nada do que façamos faz zangar é porque somos ininputáveis?).
E parabéns pelo dia 27 (não sabia) e melhor melhor foi o retrato do poema do dia 28. (cansa-se dos amigos? então a excepção sou eu).
"Só se veja, quem só se deseja"
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