08 maio 2005

O Perestrello

O Assis, o Craque, diz que nos idos do Campo de Santa Cruz, quando o Benfica marcava golos, quem primeiro começou a berrar o goooolo foi um tal Alfredo Bárrios Raposo. Não conheci. Para mim os relatos de futebol não têm piada nenhuma. Trazem-me sempre à cabeça imagens depressivas, gente agarrada ao transístor, e frases do género davam grandes passeios ao domingo. Há excepções como alguns relatos da RUC, sobretudo os que o Diogo Lucas Pires comenta. E claro, o Perestrello. O locutor que interrompia o relato para mandar sentar o espectador da frente, aquele parvalhão que se está sempre a levantar e não nos deixa ver o relvado, soltava aquelas opiniões bárbaras que se ouvem nos estádios, dava a táctica aos treinadores e conselhos aos jogadores, aos senhores do apito, aos dirigentes, às claques e à vasta audiência. Agora que ele se calou nem a rebienga é a mesma, nem ninguém vai tão cedo ripar assim a rapaqueca.

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