18 abril 2005

Morte Peripatética

O Mestre costumava passear com os discípulos. Quando o ar começava a rarear soltavam-se-lhe pensamentos que os rapazes aprofundavam na Escola. Naquele dia a subida era íngreme. Num trecho particularmente penoso um dos discípulos perguntou ao Mestre qual o sentido daquelas marchas peripatéticas e ele falou quinze minutos, sem outra pausa além das que a respiração penosa lhe impunha. Depois caíu. Os esforços dos rapazes para oreanimar foram mal sucedidos. Nunca se percebeu se morreu do esforço físico da subida ou da insolencia da questão.

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