12 setembro 2004

Contra a paixão

Escrevo contra a paixão das mulheres. Uma mulher apaixonada é como um terrorista envolto em dinamite. A comparação é de mau gosto, eu sei. Mas a paixão é a negação do bom gosto, um assunto de cordel, de reality show, de revista de coração. A paixão é do domínio da tragédia. Não tem piada nem à distância. Haverá sempre vítimas dessa obstinação. A paixão é uma doença do espírito. Milhões de anos para o desenvolvimento das célulazinhas nervosas nos dar um reflexo do mundo que servisse para alguma coisa e lá vem essa monomania, esse afunilamento dos sentidos, essa visão tubular, esse coma da razão.

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