22 agosto 2004

Ou o Camané

Talvez seja de considerar a hipótese de, afinal, isto não correr tudo bem.

Isso que dizes, sei o que é. Quando me acontece, que é quase nunca, fecho-me num sítio que eu sei e ponho um disco do Camané, sempre o mesmo. Não gosto especialmente, não é coisa que se faça por gosto. Não me sinto melhor nem pior. Não é terapia. Não penso em nada. Aqueles versos, digam eles o que disserem, falam por mim. Respiro entre as faixas. Ou fungo com ruído. Surpreendo-me sempre por acabar a gravação e ter passado tanto tempo sem dar conta. Às vezes aquilo está no modo repeat e quando dou conta é já de noite ou de manhã. Então guardo o CD, fecho tudo e vou-me embora. Onde caminho já foi o fundo do mar, mas sei que não sou peixe, nem réptil, nem tenho asas.

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