23 julho 2004

Eles

Era mais ou menos assim. Ela mandava-lhe mails para a empresa. Falava sempre de literatura. Quando era Rilke precisava de o ver. Se fosse Stevenson a urgência era desesperada. Javier Marias havia nuvens negras no céu. E por aí adiante que eles amaram-se quase dois anos e os códigos não foram sempre assim lineares. Depois ele tinha de saber onde se encontrariam e outras praticalidades. Podiam falar por TM ou mesmo por fixo ou mandar sms, fax, mms, mensagem de voz, msn, fogos, foguetes, luzes. Mas não, nunca. Falharam quase todos os encontros e foram incrivelmente felizes. Quando ela lhe disse Coetzee ele percebeu que era o fim ou o princípio ou um ataque epiléptico.

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