17 junho 2004

A Suíça, vá lá, um empate.

Mas talvez esteja a ser injusto para com a Suíça. A Suíça, Suisse, Switzerland e em romanche Svizra, é um país estranho. Há um texto muito lindo do Borges sobre a união dos cantões, que é um hino à liberdade dos povos e à convivência. Zurique é uma das cidades mais agradáveis do mundo. A Suisse romande, com Genève e Lausanne, foram terra de asilo no tempo das ditaduras, e, sobretudo no Inverno, respira-se bom ar nas montanhas que cercam o lago Léman. Mas não vibro com o calvinismo, os referendos em que ganha sempre o Não, o governo sem rosto, o poder da Banca com segredo, aqueles casais pouco praticantes que, segundo os inquéritos, são os mais monogâmicos da Europa, o país sem exército onde cada cidadão tem no armário uma farda e uma arma.

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