14 maio 2004

O fim do amor entre os motards

O amor acaba a todas as horas mas sobretudo à tarde já se sabe. Acaba sem dor como uma hemorragia. Não acaba nunca como o Barthez escreveu: por se tornar notada a pequena mancha no rosto antes tão liso. Os amantes adoram-se na imperfeição, na história que o tempo deixa nos rostos. Os motards sabem que o amor acaba se já pesa o corpo do pendura, se não se inclina uníssono nas curvas, se a pele do dorso não se rebela contra o couro, se os toques dos joelhos são fortuitos.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial