09 abril 2004

Pequeno déficit específico

Quando Simon preparava a validação de um dos seu testes sobre a theory of mind, a capacidade que temos de perceber as intenções do outro pelo seu jogo facial, pediu-nos para o executar. São 36 fragmentos de faces humanas, cada uma acompanhada de quatro palavras que qualificam o seu estado de espírito (ex: decepcionado; ansioso; pensativo; melancólico). O examinando escolhe a mais adequada.
Acertei 28 em 36. Um resultado típico, quase bom. Quando fui ver as opções erradas percebi que eram todas relativas a rostos femininos. Eu não tinha sido capaz de perceber se um determinado olhar era de sedução ou sarcasmo. Ou se uma mulher fantasiava ou estava simplesmente confusa. Nem se tentava flirtar ou era hostil.
Este pequeno déficit específico deve ter sido fonte de muito sofrimento.

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