08 março 2004

Trilho dos Prados (Gerês)

Eu dissera a Rosa Montero que o passeio começava na Portela do Homem. Chegámos tarde, por problemas técnicos, e o percurso iniciou-se, de facto, em Leonte. Subimos ao Vidual e depois à Portela do Vidual e voltámos para Norte ao longo da Lomba-de-Pau. Depois avistámos os dois Prados do Conho, onde a moreia se adoça. Ocupado com o caos de blocos rosados que caíam atá o circo fui o último a chegar. Os meus amigos ocupavam uma mesa de pedra improvisada e repartiam as comidas. O André Bonirre, comedor insaciável, estava uns metros acima, sentado como um camponês, a comer a carne que as meninas, nas vésperas, tinham amorosamente assado. Ficámos a ouvir as gargalhadas do grupo, exageradas pela excitação das alturas e do cansaço dos corpos. Depois andámos pelos charcos de altitude até ao Prado da Messe, o maior dos prados do Gerês, onde el-rei D. Carlos caçou e edificou uma construção precária. Descemos a Costa da Saborosa até ao destino, a Albergaria. Era o fim do dia e o céu abriu-se naquela cor tranquila. E vimos as torres de granito, os inselberge, as medas e os borrageiros, os caprichosos tor. Acabámos de noite, fraccionados, segundo as afinidades e a qualidade das botas.

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