30 dezembro 2003

Convidado: Mário de Carvalho, autor do romance"Fantasia para dois coronéis e uma piscina" (Caminho)

O começo foi um pouco decepcionante. Com todo o respeito pelo escritor Mário de Carvalho tenho muita dificuldade em distinguir aquilo que estivémos ali a fazer e a conversa dos utentes na fila do centro de saúde. Para ele, uns praticam uma insuportável tagarelice, que tem impedido o desenvolvimento do país, enquanto outros filosofam, como os clássicos saídos das respeitáveis lombadas, no romance de Vergílio Ferreira Para Sempre. Não estou tão seguro de que exista uma diferença qualitativa entre as duas formas de comunicação. Em todo o lado se pode filosofar. E contar a vida, como com pouco brilho ele caracterizou as conversas da fila da consulta, pode ser para muitos, o único exercício filosófico disponível.

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