01 novembro 2003

Silves, séc X

Silves, no século dez. Ali escrevia Ibn Al Il e talvez ali tenham passado Ibn Sarah e Rumi. Escreviam coisas magníficas:

Sou como o arco
e o meu verbo é a flecha
(...)

Foge do amor o coração apaixonado.
Deixa expirar o amor
e respira livre à luz da manhã.

(...)

Que noiva o tingiu do açafrão da tarde?

(...)
O nosso universo é um caramanchão de rosas.

(...)

O que pareço
Qual o meu preço
no mercado do Mundo?

Com gente que assim perguntava, , no século X de uma era que talvez não se contasse só assim, com dois deuses benignos e distraídos na igreja e na mesquita coexistentes, deve ter sido, Silves, um bom sítio para se viver.

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