05 novembro 2003

High Windows


Eram quatro da manhã. Voltara à Rua da Matemática, mais uma vez espantado com a ruína da Casa dos Inkas. A minha missão era descer à couraça, espiar a casa que se debruça sobre o Colégio dos Òrfãos. Vi o medalhão de estuque na fachada sul, o muro circundante, a nogueira que invade o quintal, a escada semi privada que leva à couraça. Tenho que voltar, de dia.
No regresso vi a janela indiscreta e a janela iluminada da Maria José. Sim, li sobre o Robert Artl (não me apetece escrever o nome do outro gajo desde que foi laureado). Não, o mundo não me parece um brinquedo furioso. Não, não me sinto outro, de manhã, ao acordar. Mas acredito que, para ti, seja uma imagem muito forte, essa, de entrar no jornal e ver o colega descalço, em frente à rosa murcha, respondendo a quem lhe pergunta porque chora: Mas não dão conta de que ela está a morrer. (vê como evitei o gerúndio)

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial