14 outubro 2003

Re:

Nunca me vi girassol, é animal a minha pele e aquilo que guarda e repete. Arredo os olhos se não mos sabem pedir, livro-os do espaço concreto se quero aconchegar-me. Desmancho um joelho, arranco a solidão a um pé descalço, lanço um braço e danço um acordeão furado que compõe respiração. Nasço em sequências certas do desencanto que me é fatal, cheirei cedo o meu cabresto. Persigo tudo o que não digo, sou a que tomba sem ruído. O meu terramoto é em mim que ruge, esqueci o princípio, é para sempre sem nome. É minha a casa dos mortos.

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