29 outubro 2003

A poesia vai acabar

Em S. Mamede do Coronado, à Trofa
ao volante do velho Ford
no autocarro da Carris
na vindima do Deanteiro
nas reuniões intercalares

no tão difícil equilíbrio
nas manhãs das que perguntam à vida:
podemos ser felizes?

no irrespirável ar

tateando um mundo imaginado
antes que o teatro se diga

do lado de lá do mar
e em muitos sítios que não sei

pegaram nos farrapos
e estão de novo a cerzir
o pano da bandeira-poesia

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