08 julho 2003

Talvez um gato

Oferecem-me um gatinho. Dizer logo não, não consigo. Proponho-me ir conhecê-lo, sabendo de antemão que é difícil dizer, então, não. Não bastando, levo comigo a Inês de cinco anos. Agora sim, é impossível dizer não. Sem saber, devo querer muito um gatinho, para montar este cenário sem saídas. Fingir que não tenho alternativas e imputar inevitabilidade às coisas, deve ser algo que faço muito mais vezes do que as que sei. É tão mais fácil fazer de conta que não escolho que quero agora não saber. Desejem-me boa sorte.

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